O Vale conquista a duplicação da BR 386

         É com grande satisfação que recebemos a notícia de que a duplicação da BR – 386, trecho de 33,5 km, entre Estrela e Tabaí, está cada vez mais próxima. Na quinta-feira (25), o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) lançou o edital de licitação para a obra de duplicação. Agora as empresas têm até 31 de março para apresentarem os projetos ao Dnit. O órgão terá então um prazo de cerca de 40 dias para avaliar os projetos e definir a empresa que irá executar a obra. É possível que as obras iniciem ainda no primeiro semestre de 2010. A estimativa é de que a obra seja concluída em até 36 meses.

            A obra de duplicação está orçada em R$ 151 milhões. R$ 50 milhões já estão assegurados para 2010, através do PAC e de emenda da bancada gaúcha no Orçamento Geral da União (OGU).

           No início do mês, quando estivemos com a ministra da Casa Civil Dilma Roussef, em Porto Alegre, no evento o PAC e o futuro do Rio Grande, esta havia prometido que o edital sairia ainda neste mês. Assim como prometeu, cumpriu. O edital foi publicado e o Vale do Taquari está tornando realidade o que há muito tempo era um sonho.

          A duplicação vai ser para o Vale do Taquari, com certeza, uma das grandes alavancas para estimular e fomentar o desenvolvimento da região, que terá condições de estrutura e logística para atrair outras empresas e, acima de tudo, virá em benefício da vida. Pois muitos acidentes trágicos transcorreram neste trecho nos últimos anos. Com esta grande conquista sem dúvida menos vidas serão ceifadas. (foto jornal O Informativo do Vale)

Liberados recursos para municípios atingidos por catástrofes climáticas

            Outra boa notícia diz respeito aos municípios que foram atingidos pelas catástrofes climáticas. Depois de várias articulações, rodadas de negociações e pressão das famílias que foram vítimas das catástrofes climáticas no estado, o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou nesta semana a liberação de recursos para estes municípios. Estes foram liberados através da Medida Provisória 480 de 26 de janeiro último e vêm auxiliar os municípios na reconstrução da infra-estrutura como a recuperação de estradas, acessos e, especialmente propriedades dos pequenos agricultores, amenizando a dor e o sofrimento dos mesmos.

               O montante de recursos liberados varia de município para município levando em conta o percentual dos prejuízos causados pela intempérie climática e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

              Municípios como Marques de Souza e Travesseiro, por exemplo, onde a água provocou enormes prejuízos em 04 de janeiro, irão receber, respectivamente, R$ 585 mil e R$ 390 mil. Estes municípios foram os mais atingidos no Vale do Taquari.

             Vamos continuar pressionando o governo para a liberação de mais recursos para repor as perdas causadas pela fúria das águas.

             Na próxima quarta-feira, dia 03, vai acontecer em Porto Alegre uma reunião de trabalho, na qual estaremos presentes, juntamente a equipe do Mapa, prefeitos, responsáveis pelo setor de projetos das prefeituras a fim de definir como estes recursos serão repassados aos municípios.

Romaria da Terra

        A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi sede, na terça-feira de Carnaval, da 33ª Romaria da Terra, organizada pelo Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Comissão Pastoral da Terra, Diocese de Santa Maria, Projeto Esperança e Prefeitura de Santa Maria. Nem mesmo o tempo chuvoso impediu que cinco mil pessoas de todo o estado participassem da Romaria. O tema deste ano foi “Quilombos: Terra, Trabalho e Inclusão”.

       Mais uma vez estivemos participando do encontro de romeiros, que são lutadores do povo. Acredito que a Romaria é um resgate das lutas históricas do povo brasileiro, sejam brancos, índios ou negros. É um momento de fé, religiosidade e perseverança. De renovar energias, a fim de continuar caminhando, persistindo, organizando lutas a fim de construirmos uma sociedade mais fraternal e solidária, na qual todos tenham vez e voz. Esse é o espírito que move os romeiros em cada edição da Romaria da Terra.

Emater/RS-Ascar assina convênio sobre Licenciamento Ambiental

         O presidente da Emater/RS, Mário Augusto do Nascimento, e o secretário do Meio Ambiente, Berfran Rosado, assinaram, na quinta-feira (18/02), convênio para que a Emater/RS-Ascar e a Secretaria do Meio Ambiente executem o programa de licenciamento ambiental dos empreendimentos existentes em propriedades rurais de até quatro módulos fiscais. Com o convênio, será criada a Declaração de Regularidade Ambiental da propriedade, a qual será fornecida pela FEPAM. Com essa declaração o produtor rural poderá acessar as políticas de crédito e de incentivo agrícola que exijam regularidade ambiental, alem de estar em conformidade com as exigências dos órgãos ambientais. A meta futura é que a propriedade alcance a Licença de Operação (LO), o que permitirá o licenciamento de todos os empreendimentos de baixo impacto ambiental desenvolvido na respectiva propriedade.

          No encontro, ficou definido que o início dos trabalhos será no mês de março quando técnicos da Emater/RS-Ascar serão capacitados e orientados para prestar assistência a 20 famílias do projeto piloto a ser implantado no município de Canguçu. Posteriormente o processo se expandirá para todo o estado. A medida poderá beneficiar, no médio e longo prazo, os mais de 400 mil pequenos produtores espalhados pelo RS. (Emater/RS-Ascar)

Agilidade na duplicação da BR 386

          No último sábado estivemos em Porto Alegre, participando do encontro estadual “O PAC e o futuro do Brasil”, realizado no auditório Dante Barrone, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

         O encontro, contou com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que falou sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os investimentos que o governo federal tem realizado no Rio Grande do Sul. Dentre estes a duplicação da BR 101 e da BR 392; a extensão do metrô na região metropolitana; a nova plataforma P-63, em Rio Grande, além de outros.

        Tive uma satisfação muito grande quando, ao conversar com a ministra e reforçar a urgência do lançamento do edital da duplicação da BR 386, trecho de 33,5 km entre Estrela e Tabaí, esta confirmou que o edital será divulgado até o final deste mês.

        Aproveitamos a oportunidade e convidamos a ministra para participar do lançamento do edital, pela importância que esta obra tem para a região. A duplicação da BR 386 é estratégica e extremamente necessária para o desenvolvimento do Vale do Taquari.

Valor da produção das principais lavouras deve crescer 3,4% em 2010

        O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais lavouras brasileiras pode chegar a R$ 159,49 bilhões, em 2010, de acordo com a estimativa de fevereiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse valor representa aumento de 3,4% em relação a 2009.

       Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, esse crescimento do VBP deve-se à maior produção esperada para este ano, pelos levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Esse valor está próximo do obtido em 2008, o maior desde o início desta série em 1997”. Ele destaca, ainda, que está ocorrendo recuperação de algumas regiões brasileiras prejudicadas, em 2009, por fenômenos climáticos, que atingiram principalmente a região Sul.

        A pesquisa aponta aumento expressivo do valor da produção de café (22,23%), cebola (40,92%), laranja (8,47%), soja (8,32%), cana-de-açúcar (5,3%), uva (7,68%) e trigo (4,29%). Com exceção de trigo e soja, cujo incremento deve-se exclusivamente à expectativa de maior quantidade, nos demais produtos o desempenho positivo resulta de melhores preços e maior produção.

        Entre os produtos cujas estimativas indicam redução de valor da produção estão amendoim (-27,36%), arroz (-15,26%), feijão (-11,52%), batata inglesa (-6,79%) e milho (-5,14%).

        Regiões - Os primeiros dados do ano, por região, indicam recuperação da região Sul, onde o valor bruto da produção passou de R$ 37,4 bilhões, em 2009, para R$ 38,81 bilhões, em 2010. O Paraná foi o responsável pela recuperação, pois Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem apresentar redução de valor em 2010. Também tiveram recuperação de valor da produção, porém em menor intensidade, as regiões Sudeste e Nordeste. (Eline Santos/MAPA)

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Produtos orgânicos ganham espaço

      Nesta semana li uma notícia que me deixou contente. Os produtos orgânicos estão ganhando cada vez mais espaço nas prateleiras dos supermercados. Isso significa para nós, pequenos agricultores, uma grande oportunidade e nos estimula a produzir desta forma diferenciada para atender estes consumidores que estão buscando produtos saudáveis, sem agrotóxicos. E, automaticamente, cria novas oportunidades de gerar receita e oportunidade de trabalho na propriedade, que deve estar sempre atenta a esta nova realidade. O consumidor está mais exigente e busca cada vez mais produtos saudáveis, de olho na qualidade de vida. Os orgânicos vêm conquistando espaço e, inclusive, integram a merenda escolar.

      Segundo a reportagem que li no Brasil ainda há dificuldades para suprir a demanda por variedade nos produtos, embora tenha 90 mil estabelecimentos que declaram praticar a cultura orgânica. Isso significa que podemos produzir mais, que há mercado.

       No mundo, acredita-se que o comércio de orgânicos gire em torno das dezenas de bilhões de dólares. O país mais desenvolvido neste sentido é a Alemanha, onde 40% dos alimentos consumidos são orgânicos. No Brasil, segundo a gerente de orgânicos do grupo Pão de Açúcar, Sandra Caires Sabóia, esses itens respondem por US$ 250 milhões.

       No ano passado, a venda de orgânicos do Pão de Açúcar aumentou 45%, acima das expectativas. A meta de faturar R$ 57 milhões, a princípio marcada para ser alcançada em 2012, foi batida já em 2009. Para este ano, eles esperam um crescimento de, pelo menos, 40%. De qualquer forma, o montante é irrisório no total dos negócios do grupo. (AE)

Reflexão

         Nesses dias de altas temperaturas, onde muito se fala em praia, sombra e água fresca, gostaria de lembrar do pequeno agricultor. Independente das condições do tempo ele precisa trabalhar, produzir alimentos. Não tem férias nem 13º e, independente da temperatura, tanto no rigoroso inverno como no calor escaldante do verão, ele precisa diariamente cuidar das suas atividades na lavoura. O pequeno agricultor depende do seu trabalho para garantir o sustento da família. E depende ainda mais dos fatores climáticos, que cada vez mais têm prejudicado a produção. Se o pequeno agricultor perde a produção perde o fruto do seu trabalho, passando por enormes dificuldades.

         Não podemos esquecer das últimas catástrofes, especialmente a cheia do início do ano, que destruiu a vida e a história de muitas famílias. Foram 60, 70 anos de trabalho que a água levou de uma hora para outra. Essas pessoas ficaram sem referência, sem documentos, roupas, sem o fruto do trabalho de uma vida. E isso é uma dor muito grande, que só o tempo vai conseguir reparar.