sexta-feira, 26 de março de 2010

Planta processadora de citrus beneficiará 500 citricultores

A Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), com sede em Montenegro, inaugurou na última quinta-feira, 25, a planta processadora de óleos essenciais de citros. A usina está instalada na localidade de Potreiro Grande. A expectativa é processar cerca de cinco mil toneladas de mandarinas do raleio (verdes). Em um primeiro momento, serão beneficiados em torno de 500 citricultores da região. No projeto, que inclui a produção de suco NFC (não concentrado), estão sendo investidos em torno de R$ 2,2 milhões.
       Com este novo empreendimento a Ecocitrus reforça seu objetivo de manter o jovem no campo, agregar valor e renda e ainda viabilizar a citricultura familiar do Vale do Caí – região responsável por boa parte da produção de citros do Rio Grande do Sul. Para o presidente do Conselho Administrativo da entidade, Ernesto Carlos Kasper, o mais importante é que a nova planta processadora de óleos e de sucos NFC possibilitará o domínio de toda a cadeia produtiva.
       O coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Áurio Scherer, que acompanhou a inauguração, afirma que esta é um exemplo da organização dos pequenos agricultores, que produzem citros. “Essa conquista é uma prova concreta de que além de produzir somos capazes de beneficiar a produção, agregando valor ao nosso produto, fruto do nosso suor”.
      Scherer ressalta ainda a importância da produção orgânica, que vem conquistando um mercado além das fronteiras do estado e do país. “É um alento para tudo aquilo que nos desafiamos diariamente. Podemos produzir de forma organizada e cooperativada produtos diferenciados para consumidores que, cada vez mais, buscam uma alimentação saudável, livre de agroquímicos”, observa.
       A Ecocitrus - A empresa foi formada em 1994, em Montenegro, por 15 pequenos agricultores como uma alternativa à agricultura convencional, dependente do uso de agroquímicos. Preocupados em manter suas famílias no campo, em diminuir os custos de produção e reduzir a poluição do meio ambiente, os produtores passaram a plantar e colher frutas usando adubo orgânico, sem agredir a natureza.
       A ideia deu tão certo que hoje, cerca de 150 famílias rurais estão envolvidas diretamente com a Ecocitrus. A cooperativa conta atualmente com 110 associados, 49 sócios trabalhadores e cerca de 10 funcionários. A instituição tem uma área de 600 hectares onde 255 hectares são de cítricos. O faturamento gira em torno de R$ 5 milhões por ano.
       Na foto - Áurio Scherer, ao centro, com o presidente do Conselho Administrativo da Ecocitrus Ernesto Carlos Kasper (D) e o professor da Univates Odorico Konrad

Organização das famílias fomenta crescimento do meio rural

A relação entre a organização das famílias dos pequenos agricultores e o desenvolvimento do meio rural ficou evidente na última quinta-feira, na Unisc, quando Alcione Talaska defendeu sua dissertação de mestrado, com o tema Estrutura Agrária e Reconfiguração Fundiária – o Caso da Região Corede Norte/RS.
        Para o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Áurio Scherer, que assistiu a apresentação a convite da coordenadora do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da Unisc, doutora Virginia Elisabeta Etges, há evidências concretas de que a organização das pequenas propriedades contribui para a permanência das famílias no meio rural. “Há famílias retornado ao meio rural. Dados do IBGE comprovam que o número de estabelecimentos no meio rural vem aumentando. Percebe-se uma relação muito próxima entre a pequena propriedade, com a produção diversificada e o retorno de famílias à produção agrícola”, destaca Scherer.
       O coordenador sentiu-se lisonjeado com o convite da doutora Virgínia que esteve acompanhada de outros dois grandes nomes na pesquisa agrária e desenvolvimento social. Trata-se do o orientador do programa de pós-graduação em Geografia Humana da USP, doutor Ariovaldo Umbelino de Oliveira e do doutor Silvio Cezar Arend, da Unisc.
       Para Scherer, assistir à defesa da dissertação do mestrando foi mais uma oportunidade de reforçar a ligação com o meio acadêmico, o que vem sendo buscado e construído pelo MPA ao longo de sua história.

Na foto - E/D – Dª Virgínia, Drº Ariovaldo, Áurio e Drº Sílvio

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cooperativa Ecocitrus começará a extrair óleos essenciais de citros

         Na próxima quinta-feira, dia 25, estarei acompanhando a inauguração da planta processadora de óleos essenciais de citros da Ecocitrus - Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí - de Montenegro. Sinto-me honrado por ter sido convidado para a inauguração desta importante cooperativa.
         Segundo o site da Ecocitrus, para 2010, a expectativa é que a cooperativa de produtores de frutas cítricas orgânicas também passe a produzir suco NFC (não concentrado). Com a nova planta processadora, instalada provisoriamente no município de Harmonia, a Ecocitrus quer manter o jovem no campo, agregar valor e renda e ainda viabilizar a citricultura familiar do Vale do Caí – região responsável por boa parte da produção de citros do Rio Grande do Sul.
          A cooperativa está investindo aproximadamente R$ 2,2 milhões no projeto. A meta inicial, conforme o presidente do Conselho Administrativo da entidade, Ernesto Carlos Kasper, é processar cerca de cinco mil toneladas de mandarinas do raleio (verdes). Em um primeiro momento, serão beneficiados em torno de 500 citricultores da região. “O mais importante é que a nova planta processadora de óleos e de sucos NFC possibilitará o domínio de toda a cadeia produtiva”, ressalta Kasper.
          A empresa foi formada em 1994, em Montenegro, por 15 pequenos agricultores como uma alternativa à agricultura convencional, dependente do uso de agroquímicos. Preocupados em manter suas famílias no campo, em diminuir os custos de produção e reduzir a poluição do meio ambiente, os produtores passaram a plantar e colher frutas usando adubo orgânico, sem agredir a natureza.
          A ideia deu tão certo que hoje, 15 anos depois, cerca de 150 famílias rurais estão envolvidas diretamente com a Ecocitrus. A cooperativa conta atualmente com 110 associados, 49 sócios trabalhadores e cerca de 10 funcionários. A instituição tem uma área de 600 hectares onde 255 hectares são de cítricos. Em 2009, a projeção é que a Ecocitrus processe 2,5 mil toneladas de frutas. O faturamento gira em torno de R$ 5 milhões por ano.
          A linha de produtos ecológicos da Ecocitrus recebe a certificação da Rede de Agroecologia Ecovida, que conta com 23 núcleos regionais e abrange cerca de 170 municípios do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, os produtos da Ecocitrus também têm o selo de qualidade do IBD (Instituto Biodinâmico) e a Certificação internacional de comércio justo (Fairtrade certification) fornecida pela Fairtrade Labelling Organizations International (FLO) – principal certificadora internacional de comércio justo. (com informações de www.ecocitrus.com.br)

O que é agroecologia?

        É uma nova abordagem que integra os conhecimentos científicos (agronômicos, veterinários, zootécnico, ecológicos, sociais, econômicos e antropológicos) aos conhecimentos populares para a compreensão, avaliação e implementação de sistemas agrícolas, com vistas a sustentabilidade. Não se trata de uma prática agrícola específica ou um sistema de produção.

O que é um ecossistema?

       Um sistema funcional de relações complementares entre os organismos vivos e seu ambiente, que apresenta limites no espaço e no tempo para manter um contínuo equilíbrio dinâmico. Pode-se ter ecossistemas naturais ou manipulados pelo homem, como os agroecossitemas.

O que é um agroecossistema?

             É a interpretação, avaliação e manejo do sistema agrícola, a exemplo de um ecossistema. Permite conduzir a produção com base nas interrelações entre os elementos constituintes desses sistemas, como homem e recursos naturais (solo, água, plantas e organismos e microrganismos) e entre outros sistemas externos, sob o aspecto econômico, social, cultural e ambiental. Assim, nos agroecossistemas é considerado o complexo conjunto das interações biológicas, físicas e químicas que determinam o processo de obtenção e manutenção em longo prazo da produção, que não se restringe à preocupação isolada com as saídas dos sistemas (produtividade ou rendimento das atividades agropecuárias). (Fonte http://www.prefiraorganicos.com.br/)

Apoio para cooperativas

         Facilitar a realização de negócios é um dos focos de atuação do Ministério da Agricultura no apoio a cooperativas. Para isso, estão sendo investidos R$ 18 milhões, entre 2009 e 2010, em ações de fomento à intercooperação para acesso a mercados e internacionalização de cooperativas.
         “Essas organizações representam 40% da produção agropecuária brasileira, mas não conseguem, com facilidade, ter acesso a mercados no Brasil e no exterior. Por isso, definimos em planejamento para que elas desenvolvam atividades coletivamente, com maior eficiência”, conta o diretor de Cooperativismo e Associativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Daniel Amin.
          Uma dessas ações, o apoio técnico e financeiro para a formação de consórcios, é uma ferramenta jurídica que aproxima as cooperativas da produção, indústria e distribuição, preservando a identidade de cada uma, porém com atuação conjunta no mercado. Estão em andamento a constituição de nove consórcios nos setores de maçã em Santa Catarina e Rio Grande Sul; flores e plantas ornamentais no Nordeste; café no Cerrado mineiro; frutas no norte de Minas Gerais, em Petrolina/PE e Juazeiro/BA; suco de frutas em Alagoas e Sergipe; cacau em Ilhéus/BA; produtos orgânicos em Macapá/AP e avicultura na Bahia.
         Assim como o governo federal busca apoiar as cooperativas, precisamos que o Rio Grande do Sul apóie suas cooperativas, fontes de renda e empregos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Preços baixos desestimulam o uso de tecnologia no feijão

       Restando somente 11% a ser colhido do feijão da primeira safra, a colheita segue lenta. Os agricultores estão colhendo com calma, aproveitando as condições de clima mais seco e retirando o produto da lavoura na hora do melhor ponto de colheita, com grãos mais secos. Isso ocorre em razão da comercialização, que segue lenta e com preços deprimidos, fazendo com que os agricultores dêem mais atenção a outras atividades e armazenem a produção, na espera de um melhor momento de negociá-la. Nesta semana, a Emater/RS-Ascar está divulgando a expectativa de produção da safrinha de 2010. A área a ser plantada deverá ser de 31.703 ha, já divulgada e o levantamento atual estima uma produtividade de 989 kg/ha, o que leva a uma produção esperada de 31.341 toneladas. A produtividade teve um decréscimo de 2,99%, resultando numa queda na produção de 8,63%. Basicamente em decorrência de uma menor tecnologia aplicada, o que é normal para a safrinha, mas também em função dos baixos preços do grão no mercado. Fonte: EMATER RS

Apesar da boa safra do milho preço pode comprometer rentabilidade econômica

          A colheita avançou nove pontos percentuais na última semana devido às boas condições registradas, atingindo 39% da área do Estado. Essa situação coloca a atual safra cinco pontos à frente da média para o período, apesar dos contratempos provocados pelas chuvas do final do ano passado. Nas áreas colhidas, os rendimentos seguem elevados, assim como é elevado o potencial apresentado pelas lavouras que se encontram em maturação e em formação de espiga. Mesmo com a diminuição da área em relação ao ano passado, o Estado seguramente colherá uma safra maior em produção. Na comercialização, entretanto, a situação em nada ajuda ao produtor. A grande disponibilidade do produto no mercado local e nacional força os preços para baixo. Fonte: EMATER RS

Produção de grãos é de quase 144 milhões t

          A safra de grãos 2009/10, divulgada nesta terça-feira (09.03) pela Conab, foi estimada em 143,95 milhões de toneladas. O resultado do sexto levantamento do ano continua como o segundo melhor da história e 6,5% superior às 135,13 milhões de toneladas da última temporada. É, ainda, 0,6% a mais que a do mês passado (143,09 milhões t). O recorde da produção é do ciclo 2007/08, que chegou a 144,1 milhões t.
           Boa produtividade e estabilidade das chuvas nas áreas de maior produção são as responsáveis pela melhor avaliação desta edição. A soja foi beneficiada pelo clima e deve alcançar 67,57 milhões t, 18,2% ou 10,40 milhões t a mais que o período anterior, de 57,16 milhões t. A colheita nos estados de maior produção, como Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul, já supera os 50%. O milho segunda safra também registra aumento, graças ao crescimento da produtividade de 9,7%. No total, o milho cresceu 0,7%, com 379 mil t a mais que a safra passada.
            Outras culturas também ganharam com o clima. O feijão primeira safra teve aumento de 10,6% e produção de 142,1 mil t, e o algodão cresceu 2,1%, o equivalente a 40 mil t.
           Área – A área total plantada é de 47,65 milhões de hectares, inferior 19,3 mil ha à anterior. A soja e o feijão primeira safra tiveram aumento de área, ao contrário de outras culturas como o algodão (-25,6 mil ha), o arroz (- 113,9 mil ha), o milho primeira safra (-1,11 milhão ha) e o milho segundo safra (-164,2 mil ha).
           Para reajustar os números os técnicos da Conab conversaram com representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados, no período de 22 a 26 de fevereiro. (Raimundo Estevam/Conab).

sexta-feira, 5 de março de 2010

Homenagem às mulheres

Hoje eu quero dedicar um tempo à você.
À você que luta, que sofre e nunca deixa de acreditar em sua força,
em seu poder, na sua vontade de querer ver o mundo com menos desigualdade.

Enquanto muitos caminham tentando, quase que
sem sucesso, usando forças e idéias de formas aleatórias...
Você é a única que trilha seus caminhos
sem se deixar corromper usando razões claras,
iluminadas de forma a considerar o próximo
acreditando sempre que ele tem o seu próprio lado a iluminar.

Mulher.... Não se detenhas e nunca ouça dos outros
aquilo que afronta as suas idéias porque na corrida
do aprimoramento você conseguirá
ver a luz de um novo tempo.

Haverá sempre em você uma visão além,
um sentimento que quase todos conhecem e muitos ignoram...

O amor... ele se transforma e se divide no conhecimento pela vida,
de forma a encarar o mundo com mais facilidade de saber.
Parabenizo todas as mulheres pelo grande e importante
papel na nossa sociedade e, especialmente, pelo dom de ser mulher!!!

139 municípios gaúchos receberão recursos do Mapa

Nesta semana estivemos em Porto Alegre, onde participamos, na quarta-feira, de uma importante reunião de trabalho com equipes dos 139 municípios gaúchos que serão contemplados com recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em função das catástrofes climáticas. O encontro foi coordenado pelo delegado do Mapa no Rio Grande do Sul, Francisco Natal Signor. No Estado o Mapa irá liberar R$ 44 milhões. O principal destino é a recuperação de estradas danificadas, especialmente com o excesso de chuva.
         Dos 139 municípios, vários são do Vale do Taquari. Dentre estes, Marques de Souza e Travesseiro, que tiveram grandes prejuízos com a cheia do início de janeiro e, por isso, recebem o maior repasse do Mapa na região. São R$ 585 mil e R$ 390 mil, respectivamente. Arroio do Meio, cuja foto ilustra a equipe que esteve na reunião, juntamente com o delegado do Mapa, Francisco Natal Signor, irá receber R$ 243,75 mil.
        A partir desta reunião de trabalho ficou definido que cada município terá prazo até 12 de março para apresentar o projeto de uso do recurso. Depois do projeto analisado e aprovado pelo Mapa, será aberto o prazo para as licitações. O dinheiro será repassado via convênico com a Caixa Econômica Federal.
        A expectativa é de que até o final do primeiro semestre as máquinas estejam compradas e a disposição dos municípios. A confirmação da liberação destes recursos é um grande avanço. Agora vamos continuar nossa caminhada para que o governo disponibilize mais repasses para que os municípios e, especialmente os pequenos agricultores, possam repor seus prejuízos e continuar sua atividade no meio rural, tão prejudicado pelas intempéries climáticas.